Sábado, 1 de Março de 2008
A pesquisa de boas e grandes práticas, na área da Cultura, intensifica-se! Depois de encontrado um exemplo de uma boa prática ao nível dos festivais de teatro, que é um dos nossos objectivos para melhoramento cultural da Benedita, encontrámos agora um excelente exemplo ao nível dos concursos.
Após idealização daquele que será o nosso projecto, relativamente a um possível concurso de escrita para jovens talentos, partimos em busca das boas práticas, procurando os bons exemplos a seguir e a serem tidos em conta.
Assim, depois de realizada alguma pesquisa, deparamo-nos com um concurso para jovens talentos, concebido pela Universidade Fernando Pessoa e pela Fundação Fernando Pessoa.
O concurso, intitulado por ‘Talentos Pessoanos’, abrange as áreas da pintura, escultura e poesia, incentivando os alunos da Universidade a participarem, tendo como fonte inspiradora um dos maiores escritores portugueses – Fernando Pessoa.
Achamos que este concurso é aquilo que procurávamos inicialmente, ou seja, um bom exemplo a seguir e a ser tido em conta.
Isto porque, o concurso atinge um nível de grandiosidade considerável devido à sua forte temática, o que comprova que a boa estruturação a par de uma boa e forte temática são meio caminho andado para que se crie ou projecte um concurso de sucesso.
Contudo, o facto de o concurso ‘Talentos Pessoanos’ ser restrito nas suas inscrições (é dirigido apenas aos alunos matriculados na Universidade Fernando Pessoa), vem retirar um pouco dessa tal grandiosidade, acabando talvez por ficar um pouco à quem das expectativas e das suas verdadeiras potencialidades. Isto porque este poderia ser um concurso de dimensão nacional graças à sua temática, pois sejamos sinceros, Fernando Pessoa fez e faz mover multidões!
Assim, concluímos que se queremos, de facto um concurso bem estruturado, com uma boa e forte temática, teremos também de considerar o público a quem será direccionado, ou seja, não deveremos limitar o concurso à comunidade estudantil; deveremos sim arriscar num concurso mais abrangente a todos os níveis etários e, até mesmo, arriscar num concurso a nível regional.
Fernando Pessoa
Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008
Na segunda-feira, durante a aula de Área de Projecto visitámos o café Safary, tal como já tinhamos referido no post desse dia.Estas são algumas das fotos que tirámos do local, para melhor ilustrarmos o espaço que iremos dinamizar, com a implantação de uma Zona Oficial de Bookcrossing.
Vista exterior do café Safary, na Rua Dr. Joaquim Augusto Carvalho Vista global do espaço, que respira um ar quente e reconfortante Outra perspectiva no interior deste café
Pormenor de um dos recantos que nos levam a viajar até África
Espaço onde tencionamos colocar a zona de Bookcrossing
Escolhemos este local, não só por ser bastante frequentado por pessoas das mais diversas faixas etárias, quer da comunidade escolar, quer das mais diversas proveniências, como também pelo facto de se tratar de um local muito confortável, onde se pode passar um bom bocado, como as imagens recolhidas confirmam.
Para além disso, este espaço remete-nos para a viagem... viagem a lugares distantes... e é, por isso, o lugar mais apropriado para colocar livros, uma vez que pode ser feita uma analogia com a viagem que a imaginação (que desenvolvemos durante a leitura) nos proporciona, como transmite Fernando Pessoa na sua poesia...
Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E da ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Domingo, 23 de Dezembro de 2007
Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.
Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.
Fernando Pessoa